terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A mente humana é uma mente que vagueia... e uma mente que vagueia é uma mente infeliz

Matthew Killingsworth e Daniel Gilbert da Universidade de Harvard, concluiram que a felicidade surge quando estamos totalmente envolvidos na experiência dos nossos corpos no momento presente, quando a nossa atenção é totalmente absorvida por uma percepção real do nosso corpo. O estudo demonstra que quando estamos distraídos por pensamentos, dúvidas, julgamentos, sonhos e outros vagueios, estamos inevitavelmente menos felizes com a actividade que estivermos a desempenhar. De facto, quando nos perdemos nos nossos pensamentos, acabamos até por perder “a dobrar”, dado que não conseguimos estar disponíveis para aceder aquilo que sentimos e às sensações que o nosso corpo nos transmite.
(…)
Por esta ordenação de actividades, poderia pensar-se que as pessoas estavam mais felizes a fazerem actividades inerentemente mais agradáveis. Os dados demonstraram porém que os graus de felicidade ou bem estar eram mais altos quando as pessoas estavam completamente envolvidas no que faziam, independentemente da actividade – o tipo de actividade não interessava por isso tanto como o estarem focadas nessa mesma actividade, sem serem interrompidas por pensamentos que as distraíssem.


O artigo original, traduzido para português, está disponível em:
http://umcaminhoparaatransformacaodamente.wordpress.com/

domingo, 5 de dezembro de 2010

Kenpo Tseten em Lisboa - Conferência


Lisboa 6 de Dezembro
às 20h00
Conferência
Budismo no Quotidiano

Rua do Salitre, 117 - Lisboa
Contacto: 213142038



domingo, 21 de novembro de 2010

3ª feira, 23, 21.30, Clube Literário do Porto, "Descobrir Buda" e nº2 da revista Cultura Entre Culturas





Estarei no Clube Literário do Porto, na Rua da Alfândega, 22, na 3ª feira, dia 23, pelas 21.30, para uma conferência com o tema "Descobrir Buda" e para apresentar o meu último livro, com o mesmo título (Lisboa, Âncora, 2010), bem como o nº2 da revista Cultura ENTRE Culturas, dedicada ao tema "Encontro Ocidente-Oriente".

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Retiro "Como lidar com as emoções perturbadoras" - Quinta das Águias - 10-12 Dezembro



Retiro de meditação Budista: como lidar com as emoções perturbadoras
Paulo Borges
Quinta das Águias - 10-12 de Dezembro

Em busca da felicidade, somos confrontados com os obstáculos resultantes das emoções conflituosas. A tradição budista oferece-nos meios efectivos para reconhecer a natureza das nossas emoções, com vista a reduzir e por fim eliminar a sua influência destrutiva. Durante este retiro Paulo Borges ensinará a teoria e orientará práticas de meditação que ajudam a libertar a mente da prisão das emoções.

Programa:

SEXTA-FEIRA 10 DE DEZEMBRO:

19.00 – Chegada à Quinta das Águias e acomodação
19.30 – 20.30 Jantar
20.30 - 22.00 Introdução ao sentido e objectivos do retiro: “Como lidar com as emoções perturbadoras”.

SÁBADO 11 de Dezembro:

7.30 – 8.30 Meditação
8.30 - 9.30 Pequeno almoço
9.30 -13.00 (com intervalos) – As emoções perturbadoras: apego, orgulho, inveja e ciúme, avidez e avareza, ódio e cólera, torpor mental. Como transformá-las usando o método dos antídotos. As quatro meditações ilimitadas: amor, compaixão, alegria e imparcialidade. Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Shamatha – estabilização da mente na atenção às sensações físicas, à respiração e ao fluxo das emoções e dos pensamentos.
13.30- 14.30 Almoço
15.00-19.00 (com intervalos) – Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Vipassana. A auto-libertação das emoções perturbadoras.
19.30- 20.30 Jantar
21.00 – 22.00 Meditação

DOMINGO 12 de Dezembro

7.30 – 8.30 Meditação
8.30 - 9.30 Pequeno almoço
9.30-13.00 (com intervalos) – Revisão dos dois métodos de lidar com as emoções. Troca/Tonglen – abertura do coração a todos os seres.
13.30- 14.30 - Almoço
15.00-17.00 – Introdução à meditação com visualizações e mantras.

Paulo Borges

O retiro será facilitado por Paulo Borges, praticante budista desde 1983 e orientador, desde 1999, de seminários e cursos mensais teórico-práticos sobre budismo e meditação budista. Tradutor de livros budistas e tradutor-intérprete de mestres budistas incluido S.S. Dalai Lama. Autor, entre outros, de O Budismo e a Natureza da Mente (com Matthieu Ricard e Carlos João Correia), de O Buda e o Budismo no Ocidente e na Cultura Portuguesa (com Duarte Braga) e de Descobrir Buda. Professor de Filosofia na Universidade de Lisboa e Presidente da União Budista Portuguesa.

Quinta das Águias

Um local de retiros tranquilo no meio da natureza situado na área rural de Paredes de Coura no Norte de Portugal com bosque, campos e jardim. Esta antiga quinta de cerca de 6ha compreende casa de pedra antiga restaurada que funciona como guesthouse e uma sala de práticas.

Opções de alojamento:
- Na guesthouse com a capacidade de alojamento para 16 pessoas em quartos para 2, 4 e 6 pessoas.
- Contactos de outras possibilidades fora da Quinta são disponibilizados a pedido.

Depois da inscrição os participantes receberão um e-mail com descrição da melhor forma de chegar à Quinta das Águias.

Pede-se aos convidados durante a sua estadia para:
- Não trazerem produtos animais para consumo. Todas as refeições são vegetarianas.
- Não fumarem nem trazerem ou usarem ouros produtos intoxicantes dentro da Quinta.
- Respeitarem as normas da Quinta que receberão após a inscrição.

Custos e Inscrições:
- Custo do retiro (incluindo alojamento na guesthouse e refeições): € 140
- Pessoas que alojam no exterior (excluindo alojamento, incluindo refeições): €115

Para inscrições e pagamento contactar: quintadasaguias@gmail.com

Por razões de organização aplica-se o seguinte:
- Para participar é necessaria inscrição prévia;
- As reservas tornam-se efectivas apenas após pagamento;
- Não haverá reembolso das quantias pagas.

Apreciamos a vossa compreensão.

Por cada participante será doado o valor de 10 € à Associação Animais de Rua, com a motivação de contribuir para o bem de todos os seres sencientes.

Para mais informação:
Blog: www.quintadasaguias.blogspot.com
e-mail to quintadasaguias@gmail.com
Tel: Ivone Ingen Housz (+351)91 430 44 13

Filosofia: Mente, meditação e despertar da consciência

Filosofia: Mente, meditação e despertar da consciência: "O Ciclo de Conferências 'Consciência e Religião: perspectivas' prossegue no próximo dia 19, 6ª feira, pelas 21.30, no Auditório da Câmara Mu..."

domingo, 14 de novembro de 2010

monges tibetanos em Portugal 2010

Três almofadas dispostas no chão, à volta de uma mesa branca e baixa. A consultante de astrologia tibetana está sentada à esquerda, no meio a intérprete (de inglês para português), e à direita Pempa Namgyal, o monge tibetano que lê a carta astral tibetana, feita previamente por Lobsang Chodak - o mestre e o mais antigo membro do Mosteiro de Gaden Shartse - o maior do Sul da Índia. O ambiente está embrulhado numa luz de um amarelo quente e no cheiro forte a incenso. Começa a consulta de astrologia tibetana, que é dividida em três partes: primeiro a explicação da conjugação de energias para este, que é o ano tibetano; depois desmistificam-se os elementos - água, fogo, ferro, terra e madeira - e, por último, Ana (nome fictício) saberá qual foi a sua última reencarnação e a sua ligação à vida actual. "Se tiveres questões, chamamos o mestre e ele pergunta ao oráculo. As perguntas têm de ter ordem específica", explica Pempa à cliente. A consulta continua e nós saímos, para que seja feita com mais serenidade.

São cinco, estão há oito anos em digressão mundial e fazem parte do primeiro grupo de monges tibetanos abençoados pelo Dalai Lama. Depois de seis meses em Espanha e dois em Itália, no âmbito do Oitavo Tour Mundial pela Paz Interior, chegaram a Portugal para ficar até 3 de Dezembro. A intenção é divulgar o seu conhecimento sobre astrologia, medicina, cura psíquica e filosofia do Tibete. Realizam consultas, cerimónias, ateliês e workshops para promover a cultura tibetana em Portugal.

"Este intercâmbio serve para que as pessoas ocidentais possam ter acesso e ficar mais interligadas com a cultura budista", conta Margarida Castro, coordenadora da Inkarri Portugal, a associação multicultural responsável pela visita. 

Os monges são todos bem-dispostos por natureza. E bastante sorridentes. A seriedade chega no momento da puja Kangso - a cerimónia que o i escolheu para assistir. Os pés têm de entrar descalços e por isso tiramos os sapatos à entrada. Dentro da sala estão cerca de 20 participantes, que procuram eliminar obstáculos e ter protecção e apoio da deidade. Este é o objectivo desta cerimónia. O rito é, novamente, separado por três fases, onde são recitados mantras preparados para o propósito. Na primeira - "o Refúgio de Buda" - pretende-se desenvolver a dedicação. À segunda, pertence amotivação. No fim é momento de oferendas à divindade, através do canto e da música, produzida com tambores, sinos e os Tingsha (uma espécie de pratos de choque tibetanos). Entre outras simbologias, é chegada a hora de Pempa Namgyal levar para fora do espaço um bule vermelho, que representa a acumulação de energias negativas. Passada uma hora e meia o ritual termina e as negatividades já não pertencem àquele espaço, nem a quem lá se encontra. "Gostei muito desta puja. Quando estou com os monges sinto uma paz interior inexplicável. Adorava passar um mês na companhia deles, no mosteiro. Infelizmente é impossível", desabafa Sofia Ubach-Chaves, depois da cerimónia, num estado de tranquilidade evidente.

Mal pisaram o país, os monges foram até uma esplanada de praia comer sardinhas, copiando o prato da mesa ao lado. Dizem que gostaram e, ao mesmo tempo que se riem efusivamente, transmitem calma. É quase impossível ficar indiferente. Pempa Namgyal é quem mais fala por ser o único a saber inglês. Quando criança, a mãe mandou-o para o Mosteiro Monástico de Gaden Shartse, como acontece com a maioria dos monges: "Agora estou bem. Quando era novo foi muito complicado porque tinha saudades de casa", conta. E no mosteiro não tem qualquer contacto com a família: "Além disso é muito longe do sítio onde a minha família vive." Ali, acorda sempre às 5h30 para orar com os restantes 1500 monges. (Com excepção dos fins-de-semana e feriados, onde o horário de sono pode ser estendido até às 7h30). Depois das orações e da puja matinal, é altura de tomar o pequeno-almoço, normalmente composto por pão tibetano, feito pelos próprios, e chá-manteiga (uma mistura de chá preto, leite, manteiga e sal). As aulas começam às 09h30 e dão lugar ao almoço, por volta das 11h00. A partir daí, o dia é preenchido com mais lições, mantras, jantar e orações antes da hora de dormir, às 23h30. Fica feliz por poder deixar uma mensagem aos leitores do i. Depois de um momento de pausa para pensar, diz finalmente: "Por vezes sentimo-nos felizes, noutras não. É a medida da vida. Gostem de vós e sejam mais satisfeitos. E conscientes. O mundo já perdeu muito com os conflitos. Assim como as religiões." No fim da conversa, que teve de terminar para dar lugar à puja, Pempa acrescenta: "Há sempre escolha. Ninguém obriga ninguém a nada. Nós não viemos aqui para sermos escravos - nem do dinheiro, nem de pessoas. Temos valor e qualidades que devem ser preservadas." Descruzou as pernas, antes em posição de lótus, levantou-se e cantou mantras.

http://www.ionline.pt/conteudo/86975-budismo-enviados-dalai-lama-purificar-portugal

http://www.facebook.com/pages/Monges-Tibetanos-em-Portugal/138633332841212
http://www.tourmundialpelapazinterior.blogspot.com/

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

XX Encontro Inter-Religioso de Meditação

A União Budista Portuguesa e a Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa convidam os membros de todas as confissões religiosas para o XX Encontro Inter - Religioso de Meditação, que decorrerá hoje, dia 8, das 19 ás 20h, na ESMTC, Rua D. Estefânia, 175
.
Este encontro está integrado no programa de actividades da Exposição das Relíquias do Buda e de Outros Grandes Mestres Budistas,que decorre neste espaço entre 6 e 14 de Novembro.

Este Encontro é dedicado ao objectivo da Exposição, a promoção do diálogo inter-religioso e a Paz no mundo. Como habitualmente,serão lidos curtos textos (1 a 2 m) de cada religião presente, seguidos de uma curta reflexão e de 25 minutos de meditação em silêncio, após a qual poderá haver diálogo e partilha de experiências.

Bem hajam pela vossa presença e divulgação destas iniciativas!

Façamos nossa a diferença e a Paz que desejamos no mundo !

domingo, 7 de novembro de 2010

Editorial do nº2 da Cultura ENTRE Culturas, apresentado no dia 11, Sala do Arquivo dos Paços do Concelho (Largo do Município), às 19h



Editorial

Após o primeiro número, cujo tema foi o diálogo intercultural, a Cultura ENTRE Culturas dedica este segundo número ao diálogo entre Ocidente e Oriente, na circunstância oportuna da comemoração dos 500 anos da chegada dos portugueses a Goa. O diálogo Ocidente-Oriente, esses dois grandes pulmões do planeta, tem sido e é cada vez mais a matriz do que de mais significativo surge na história planetária do homem e das manifestações do espírito que nele e em tudo sopra. A cultura portuguesa tem ocupado (para o melhor e o pior) um lugar central nessa interlocução e a nossa revista pretende renovar essa tradição.

Abrimos com uma homenagem a dois vultos que recentemente partiram: Raimon Panikkar, membro da Comissão de Honra da revista e insigne colaborador que nela provavelmente teve a sua última publicação em vida; António Telmo, figura maior do pensamento português contemporâneo, que nos enviou um texto sobre a espiritualidade persa em Luís de Camões e do qual nos honramos por publicar também o seu derradeiro escrito, sobre Raymond Abellio e a descoberta portuguesa do trans-histórico (os nossos agradecimentos a José Guilherme Abreu). Panikkar é um ícone do diálogo Ocidente-Oriente, em particular na vertente europeia-indiana (assumia-se como “cristão-hindu-budista-secular”). Telmo representa a osmose entre filosofia portuguesa e Cabala hebraica. Aos dois o nosso sentido “Até sempre!”.

No que respeita aos ensaios, Carlos João Correia mostra, com o habitual rigor e clareza, como a questão da identidade pessoal, central no Ocidente e no Oriente, se antecipa na filosofia indiana clássica, bramânica e budista. Rui Lopo apresenta uma promissora visão panorâmica da sua investigação sobre a recepção ocidental do budismo (também na cultura portuguesa). Amon Pinho mostra a evolução do pensamento de Agostinho da Silva sobre o budismo e o cristianismo, no contexto de um progressivo ecumenismo paraclético. Paulo Borges assinala a fecundidade do entre em Fernando Pessoa, interpretando o poema “King of Gaps”, bem como as figuras de D. Sebastião e do Quinto Império na Mensagem, a partir da noção tibetana de bar-do (entre-dois, estado intermédio).

Na secção “Éditos e inéditos” a revista continua a contar com a colaboração de figuras de renome internacional. O cientista e monge Matthieu Ricard faz uma estimulante síntese do diálogo entre as neurociências ocidentais e a tradição budista, sob a égide do Dalai Lama, bem como das descobertas científicas recentes acerca dos benefícios da prática regular da meditação para o desenvolvimento pessoal e social. Françoise Bonardel oferece-nos um inédito onde pondera o lugar de Deus, dos deuses e do divino no (mono)teísmo e no budismo, reflectindo sobre as vantagens e riscos do encontro das duas tradições no Ocidente contemporâneo. Dzongsar Khyentse Rinpoche, carismático mestre espiritual tibetano, realizador de cinema e autor de O que não faz de ti um budista, adverte num estilo incisivo para os problemas da transposição do budismo para o Ocidente. Giangiorgio Pasqualotto presenteia-nos com uma entrevista inédita sobre o lugar do Oriente na sua vasta obra e sobre a sua proposta de uma “filosofia intercultural”, equidistante de qualquer centrismo, ocidental ou oriental. Ricardo Ventura transcreve um trecho de um manuscrito português do século XVI, que mostra o lugar pioneiro dos missionários portugueses no conhecimento da cultura hindu no Ocidente. A introdução ao texto também mostra, todavia, os preconceitos religiosos e proselitistas que presidiram a este encontro de culturas, contribuindo por(des)ventura para a paradoxal inibição dos Estudos Orientais no país que mais demandou o Oriente.

Numa secção com textos vários, a visão de António Telmo de um Camões interiormente persa articula-se com a reflexão de Sam Cyrous sobre religião e política na Pérsia antiga e no Irão contemporâneo. O escritor intenso que é Miguel Gullander medita sobre o “cadáver” e a “silenciosa testemunha em tudo o que acontece”. Duarte Braga problematiza o “orientalismo” na poesia de Gil de Carvalho e Abdul Cadre inicia-nos no Caminho de Santiago e nos enigmas dos dois decapitados, Santo Iago e Prisciliano, que bem nota haverem sido dois heréticos, respectivamente entre judeus e cristãos.

Quanto aos poetas, a sua voz surge “entre-calada” pela dos sábios e dos santos homens: será assim doravante.

Abre-se, desde logo – pela mão de Rumi (i.e.“o Romano”) – , com a grandeza da alma sufi, que nos mostra que o Mesmo, o Único, o Insondável, está em todos os corações e lugares; e tão plena e intensamente o está, a ponto de parecer “embriagado, intoxicado e perturbado” aquele que lhe seja lugar, talqualmente os apóstolos do Cristo, no dia de Pentecostes, a quem alguns criam “cheios de vinho doce”(At. 2,13). O Sem Nome, na verdade, tal como vinho, com nada tolera coabitar no coração do homem. É único, e por isso é Único o Único, que em tudo é detectável nesse divino jogo de escondidas que por toda a parte se/nos verifica.

A palavra de Vicente Franz Cecim, primordial e incantatória, virgem como o pulsar amazónico, convoca as “aves profundas” que sobrevoam as “pedras dos dedos da oração”. Ethel Feldman, voz intimista que se nos oferece com o rigor da vibrante lâmina do sentir, enuncia “o voo e via[gem]” do presente, “tempo de sempre / tão tempo de ser”. O verbo de Maria Sarmento, por seu lado, de orvalhada pureza sempre, ressoa ecos do raro “canto mudo das rosas e dos veleiros”: nele “sobe aos lábios um canto, [e] sopram-se segredos”. Sussurrantemente.

Longchenpa, um dos maiores vultos da tradição budista tibetana, fala-nos acerca daquela sabedoria não-dual que emerge da compreensão da natureza, originalmente pura, da mente: a ler como quem não lesse! Flávio Lopes da Silva, em poesia de frescura surpreendente, vai ao ponto de falar-nos de um, não menos surpreendente, “apostador que ao ler um poema dissesse: chega!”. Deixa-nos também um conjunto de vívidos aforismos a ler com todos os olhos.

Sylvia Beirute, que canta sob a luz mediterrânica os al-gharbs de ser viva voz, garante-nos “a certeza de não cabermos numa única possibilidade”; daí, talvez, a pertinência do seu “projecto de ser uma mulher de açúcar” e propor-se assim como “um exemplo de não exemplo”: voz a não perder. De Donis de Frol Guilhade nada se dirá, que sempre prefere nada se diga de quanto haja dizer. Simeão, cognominado “novo teólogo” pela tradição ortodoxa bizantina, exprime suas moções místicas mais abissais, perante o mistério paradoxal da proximidade e inacessibilidade do Divino. Como um selo lacrado a uma “voz já da cascata”, a palavra sábia e rigorosa de T. S. Eliot fala-nos do tempo, do não-tempo nele e do além-tempo em ambos, e em tais termos o faz, que mostra ser “[todo o] poema um epitáfio”. Onde a vida se celebra, a vida para sempre floresce e perdura: ali onde, num entrelaçar de “línguas de fogo” coroantes das crianças, “o fogo e a rosa [são de novo] uma só coisa.”

Raimon Panikkar mostra-nos, num curto mas belíssimo conjunto de nove aforismos (sutras), de que é feita a paz e de como é simples, ainda que não fácil, o fazê-la e o sê-la: texto de uma imensa sabedoria, que, estando a abrir um justo In Memoriam neste número, estaria aqui também no seu mais do que justo lugar. Rómulo Andrade, com a sua arte de primacial pureza, leva a cabo (nas palavras de Ruy Fabiano Rabello) uma “poética que desperta e sinaliza no rumo duma consciência mais clara e solidária entre as pessoas e a própria vida”: a ver, sempre. João Paulo Farkas, o fotógrafo convidado para este número, é senhor de um olhar sobre o homem e a Natureza que, dir-se-ia, nos faz sentir “desaparecidos”, lembrando aquela espantosa palavra de António Maria Lisboa, aliás algures citada na revista: “ver é desaparecer”. E é.

O diálogo entre as culturas e entre cada uma delas e o que a todas transcende e equipara é o grande desafio do nosso tempo. É dele que depende o universalismo autêntico, caminho do meio entre nacionalismo cultural e globalização homogeneizadora. É por essa via que seguimos, criando/descobrindo pontes, mediações, elos. No próximo número em companhia de Fernando Pessoa, comemorando ainda os 75 anos da passagem desse que é um dos expoentes maiores de um trans-Portugal armilar, cumprindo-se e superando-se na mediação de todos com tudo.


Paulo Borges
Luiz Pires dos Reys

arevistaentre.blogspot.com

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

traduções budistas de Berzin

"Os Arquivos de Berzin são uma coleção de traduções e ensinamentos do Dr. Alexander Berzin, principalmente sobre as tradições Mahayana e Vajrayana do budismo tibetano. Cobrindo as áreas de sutra, tantra, Kalachakra, dzogchen e meditação mahamudra, os arquivos apresentam materiais de todas as cinco tradições tibetanas: Nyingma, Sakya, Kagyu, Gelug e Bon, assim como comparações com o budismo Theravada e o islamismo. Os Arquivos incluem também material sobre astrologia e medicina tibetanas, Shambhala e história do budismo."


http://www.berzinarchives.com/web/pt/index.html

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

lisboa:30 de Outubro a 3 de Dezembro monges tibetanos


Gaden Shastre Monastery

De 30 de Outubro a 3 de Dezembro

Monges Tibetanos do Mosteiro Universitário Gaden Shastre



Com a apresentação do gabinete de S.S. o Dalai Lama, a Coordenação Mundial da Universidade PNEUMA e a co-coordenação de INKARRI Associação Multicultural, os Monges Tibetanos do Gaden Shartse Monastery University, realizarão na Europa e na América, o Oitavo Tour Mundial.
…para mais informação consulte os blogs da Tour Mundial Pela Paz Interior em Portugal

domingo, 24 de outubro de 2010

Conferência Dharma e Ecologia

Conferência com Lama Cheudroup | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 28.Out

Conferência | Dharma e Ecologia
28.Out às 18h30
Sala Mattos Romão - Departamento de Filosofia da FLUL

Lama Cheudroup é um jovem Lama ocidental. Depois de terminar os seus estudos, ele realizou o tradicional retiro três anos, três meses e três dias sob a orientação do Lama Denys Rinpoche.
Há vários anos, desde que terminou o seu retiro, que ensina e promove o desenvolvimento do Dharma no âmbito da Sangha Rimay.

Lama Cheudroup irá falar-nos de um dos temas mais atuais - a Ecologia - na perspetiva do Dharma, a filosofia budista.

Organização | Sangha Rimay Lusófona - www.SanghaRimayLusofona.net
Organização | Projeto Filosofia e Religião do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa
Apoio | União Budista Portuguesa - www.centrofilosofia.org
Mais informação | tel 933 284 587 - sangharimaylusofona@gmail.com
Entrada livre

Retiro com Lama Cheudroup

Seminário Retiro com Lama Cheudroup | Lisboa, 29.Out - 1.Nov de 2010

Seminário-Retiro | Introdução à Meditação na tradição Tibetana
29.Out às 16h00 a 1.Nov às 16h00.
Sede da União Budista Portuguesa - Av. 5 de Outubro, nº122, 8º esq. Lisboa.
Custo: 30€/dia - Retiro completo: 80 €.


Lama Cheudroup é um jovem lama ocidental. Depois de terminar os seus estudos, ele realizou o tradicional retiro três anos três meses e três dias sob a orientação do Lama Denys Rinpoche.
Há vários anos, desde que terminou o seu retiro, que ensina e promove o desenvolvimento do Dharma no âmbito da Sangha Rimay.

O retiro irá abordar a prática no contexto do Grande Veículo - Mahayana, o Caminho do Bodhisatva - incidindo sobre a meditação Samatha - Vipassyana, as Quatro Ideias Fundamentais e o Sutra do Coração - Prajnaparamita.

Organização | Sangha Rimay Lusófona - www.SanghaRimayLusofona.net
Apoio | União Budista Portuguesa
Inscrições | tel 933 284 587 - sangharimaylusofona@gmail.com
Mais informação | www.SanghaRimayLusofona.net

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Retiro de Meditação na Cidade - 24 de Outubro - pelo bem de todos os seres e pela Paz no Mundo

Retiro de Meditação na Cidade – 24 de Outubro

Pelo bem de todos os seres e pela Paz no Mundo, na abertura do programa de actividades da Exposição de Relíquias do Buda e de outros grandes mestres budistas, que terá lugar de 6 a 14 de Novembro, no mesmo espaço.

Mais informações sobre esta Exposição:
http://maitreyaproject.org/en/relic/media-links.html

Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa
Palácio da Estefânia – Rua D. Estefânia, 175 - Lisboa

...

Este Retiro é uma oportunidade de conhecer ou aprofundar a experiência meditativa, oferecendo-nos um espaço de encontro connosco próprios que permita a descoberta de quem realmente somos, para além de qualquer pressuposto moral, filosófico ou religioso. O Retiro inspira-se na via do Buda, enquanto via terapêutica e experimental que conduz ao despertar da consciência para o conhecimento de si e o amor-compaixão universal.

O retiro será facilitado por Paulo Borges, professor de Filosofia na Universidade de Lisboa e Presidente da União Budista Portuguesa.

Programa

10-13 h (com intervalos de meditação em andamento)

Porque meditar e como meditar? A motivação amorosa-compassiva, a purificação dos canais energéticos e os sete pontos da postura.
Shamatha: estabilização da mente na atenção às sensações físicas, à respiração e ao fluxo das emoções e dos pensamentos.

13 h - Almoço

15-18 h (com intervalos de meditação em andamento)

Troca/Tonglen – Transformação das emoções e abertura do coração a todos os seres.
As quatro meditações ilimitadas: amor, compaixão, alegria e imparcialidade.
Meditação com mantras.

Contribuição: 40 euros

O Retiro abre o programa de actividades associado a RINGSEL – Exposição de Relíquias do Buda e de outros grandes mestres budistas, que terá lugar de 6-14 de Novembro no mesmo espaço. Parte das verbas são destinadas a custear as despesas deste evento.

Organização: União Budista Portuguesa / Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa
Apoio: revista Cultura ENTRE Culturas

terça-feira, 12 de outubro de 2010

RINGSEL - Exposição de Relíquias do Buda e de outros mestres budistas




Projecto Maitreya

Exposição de Relíquias do Buda e de outros Grandes Mestres Budistas

PORTUGAL 2010
[Lisboa, 6-14 Nov. | Funchal, 19-21 Nov. | Porto, 26-28 Nov.]

Maitreya Project: www.maitreyaproject.org/pt E-mail: projectomaitreya@uniaobudista.pt

União Budista Portuguesa, Av. 5 de Outubro, nº 122, 8º esq., 1050-61 Lisboa - PT | 213 634 363 | www.uniaobudista.pt

DOSSIER DE IMPRENSA

Exposição Itinerante – Ringsel – Relíquias do Buda

Projecto Maitreya
RELÍQUIAS DO BUDA E DE MESTRES BUDISTAS VISITAM PORTUGAL
Datas 06 a 14 de Novembro, 2010 - Lisboa
Local Lisboa – Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa
Rua de D. Estefânia, 175, 1000-154 Lisboa
E-mail projectomaitreya@uniaobudista.pt

Horários Dia 6, Sábado, 17h00 – 19.00
17h00 - Cerimónia de Abertura
7 a 14 - 10h00-19h00

Organização Maitreya Project | União Budista Portuguesa | Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa

Contactos gerais Tour Manager : Andy Melnic
Direcção: Paulo Borges, t. 918113021,E-mail: pauloaeborges@gmail.com
Coordenação: Sérgio Gorjão, t. 936498289, E-mail: sergiogorjao@gmail.com
Contacto Imprensa Media Manager: Maria de Lurdes Mesquita, t. 964748310, E-mail: projectomaitreya@uniaobudista.pt

A exposição de relíquias do Buda e de outros mestres budistas constitui uma oportunidade única para as observar e poder experienciar algumas cerimónias a ela associadas. Esta preciosa colecção destina-se a ser integrada no Altar do Coração, num templo-estátua a construir em Kushinagar, na Índia, e dispõe de contributos e doações de muitos dos principais Lamas vivos contemporâneos, onde se destaca Sua Santidade o XIV Dalai Lama.

Enquanto a estátua não estiver terminada, as relíquias sagradas estarão em itinerância pelo mundo, com o objectivo central de, numa perspectiva intercultural e inter-religiosa, promover os valores da Paz e da Felicidade no Mundo. É neste contexto de itinerância que a exposição tem vindo a percorrer, desde 2001, os 5 continentes, em cerca de 50 países e 500 exposições.

As relíquias expostas têm diversas proveniências, algumas foram resgatadas em monumentos religiosos (stupas) que foram sendo destruídos, outras estiveram à guarda de prestigiadas instituições (mosteiros, departamentos governamentais do Tibete e museus), ou ainda nas mãos de alguns Lamas ou seus discípulos; contudo a maioria das relíquias foram encontradas entre as cinzas da cremação de alguns mestres. Estes enigmáticos objectos assemelham-se a belos cristais, como pérolas, podendo ter várias cores.

Para os budistas estas relíquias corporizam as qualidades espirituais dos mestres, a sua compaixão e sabedoria, e são geradas com a intenção de, mesmo depois sua morte,
continuarem a beneficiar os seres. Frequentemente os visitantes vivenciam, por força da sua fé e do poder das relíquias, uma forte inspiração, pacificação interior e cura. Algumas pessoas sentem-se inspiradas a rezar pela paz mundial e pelo desenvolvimento de sabedoria, outros são tomados pela emoção devido ao
poderoso efeito que as relíquias têm em abrir os seus corações a uma dimensão de amor e compaixão.

Maitreya Project: www.maitreyaproject.org/pt
E-mail: projectomaitreya@uniaobudista.pt
União Budista Portuguesa, Av. 5 de Outubro, nº 122, 8º esq., 1050-61 Lisboa - PT | 213 634 363 | www.uniaobudista.pt

Além da possibilidade de observação das relíquias, claramente visíveis dentro de vitrinas dispostas junto à estátua dourada, em tamanho natural, do Buda Maitreya; os visitantes podem também participar em várias cerimónias: a purificação – com o “Banho do Buda”; a cerimónia de bênção, com a cuidadosa imposição das relíquias do Buda no topo da cabeça dos visitantes ou dos seus animais de estimação; a inscrição do “Sanghata Sutra” e meditação.

Paralelamente às iniciativas próprias da exposição, desenvolve-se ainda um programa
educativo, cultural e social que permite às pessoas interessadas o contacto com os temas da Paz, saúde e bem-estar, aprender diversos tipos de meditação e, sobretudo, encontrar um espaço e pessoas com quem reflectir sobre os valores da Paz interior e no mundo.

Integrado neste programa realiza-se o Colóquio Internacional "Oriente-Ocidente: diálogos e cruzamentos", em 10 e 11 de Novembro, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e na Câmara Municipal de Lisboa. No dia 10, a partir das 18h, no Anf. III, será apresentado o livro Descobrir-se Buda, de Paulo Borges, e pelas 19 h falará o Professor François Jullien. No dia 11, na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho, na Câmara Municipal de Lisboa, será apresentado o nº2 da revista Cultura ENTRE Culturas, dedicado ao Encontro Ocidente-Oriente.

De acordo com a tradição budista, Maitreya será o próximo Buda a trazer ensinamentos sobre o amor bondoso a este mundo. É por isso importante cultivar estes valores e, uma das formas para que isso aconteça, passa pela construção de uma estátua de bronze, com 152m, em Kushinagar, que albergará as relíquias e será o centro de uma intensa actividade intercultural e inter-religiosa na promoção da Paz e dos valores humanos. Kushinagar, cidade localizada no estado de Uttar-Pradesh, no norte da Índia, é o local onde Buda Shakyamuni, o Buda histórico, morreu há cerca de 2500 anos e é também o sítio onde se diz que o Buda Maitreya irá nascer. Por esse motivo é um lugar sagrado para a tradição budista e um espaço de grande simbologia histórica e religiosa na cultura mundial.

O Projecto Maitreya procura colocar os ensinamentos do amor bondoso em acção, através dos seguintes projectos:

• Construção da estátua do Buda Maitreya, em Kushinagar – monumento magnífico
dedicado ao amor bondoso, para inspiração dos povos em todo o mundo;
• Criação de estruturas e oferta gratuita de educação, saúde e desenvolvimento espiritual
numa das áreas mais pobres do norte da Índia;
• Criação de empregos temporários e de longo prazo;
• Desenvolvimento de infra-estruturas;
• Actuar como foco e centro de influência para o desenvolvimento sustentável e positivo desta região emergente da Índia.

“O próprio nome Maitri significa amor bondoso. No nosso mundo actual realmente precisamos promover Maitreya, “Maitri”, o amor bondoso. Este é um grande projecto desde o início. Tenho grande admiração por estas pessoas, especialmente por Lama Yeshe (já falecido) e pelo Lama Zopa Rinpoché, que realmente se devotaram à criação desta enorme estátua, assim como por todos aqueles seguidores que se esforçam para que isto aconteça. Eu realmente os admiro e aprecio.”

- Sua Santidade o XIV Dalai Lama

A Comissão Organizadora da exposição portuguesa encontra-se disponível para quaisquer
esclarecimentos, informação e entrevistas.

Para mais informações, sobre o Projecto Maitreya e a Digressão das Relíquias do Buda,
download do dossier de imprensa (versão inglesa) imagens e actualizações, por favor visite o site www.maitreyaproject.org

A exposição das relíquias em Portugal irá ainda em 2010 ao Funchal (19 a 21 de Novembro) e Porto (26 a 28 de Novembro).

Entrada livre

Todos os donativos aceites reverterão para o Projecto Maitreya.

Organização: União Budista Portuguesa / Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa
Apoio: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa / Revista Cultura ENTRE Culturas

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Lista de Signatários da Petição Pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros

Lista de Signatários da Petição Pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros

Retiro na Serra da Estrela - Como lidar com as emoções perturbadoras

Retiro de Estudo e Prática do Budismo e da Meditação Budista
Casa Grande – Paços da Serra (15 a 17 de Outubro)

Programa:

Dia 15:

19.00- 22.00- Acolhimento e introdução ao Retiro

Dia 16:

8.00- Pequeno-almoço
9.00-13.00 (com intervalos) – As 6 emoções perturbadoras e os seis mundos do samsara: apego, orgulho, inveja e ciúme, avidez e avareza, ódio e cólera, torpor mental. Como nos afectam e como transformá-las usando o método dos antídotos. As quatro meditações ilimitadas: amor, compaixão, alegria e imparcialidade.
Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Shamatha – estabilização da mente na atenção às sensações físicas, à respiração e ao fluxo das emoções e dos pensamentos.
13.30- Almoço (vegetariano)
15.00-19.00 (com intervalos) – Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Vipassana – Compreensão da natureza profunda das emoções perturbadoras mediante o método da auto-libertação.
19.30- Jantar (vegetariano)

Dia 17:

8.00- Pequeno-almoço
9.00-13.00 – Revisão dos dois métodos de lidar com as emoções. Troca/Tonglen – abertura do coração a todos os seres.
13.30- Almoço (vegetariano)
15.00-18.00 – Introdução à meditação com visualizações e mantras.

O retiro será facilitado por Paulo Borges, Professor de Filosofia na Universidade de Lisboa e Presidente da União Budista Portuguesa.
Terá lugar na "Casa Grande", Turismo de Habitação, em Paços da Serra.

Preço por pessoa refeições incluídas
2 Dias + 2 Noites quarto 1 pessoa 185€ quarto 2 pessoas 175€

- É necessário inscrever-se previamente por telefone ou e-mail até 7 de Outubro
- É importante trazer almofada e tapete de meditação
- O evento só se realizará com um mínimo de 10 participantes

Para inscrições contactar:
Margarida Vasconcelos
Tlm: 934297935
Tel: 238496341
info@casagrande.com.pt
www.casagrande.com.pt

Para mais informações sobre o retiro:
Paulo Borges
pauloaeborges@gmail.com

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

DESCOBRIR-SE BUDA. Retiro de introdução ao budismo e à meditação budista - Quinta das Águias - 10-12 de Setembro

DESCOBRIR-SE BUDA
RETIRO DE INTRODUÇÃO AO BUDISMO E À MEDITAÇÃO BUDISTA
COM PAULO BORGES

QUINTA DAS ÁGUIAS - 10-12 DE SETEMBRO

Em busca da profunda felicidade e visando dar um maior sentido à sua vida, muitos encontraram na filosofia e prática Budistas o seu caminho. Um número crescente de pessoas quer saber o que o Budismo e a meditação Budista podem significar para elas. Assim, estamos muito felizes por anunciar este retiro para aqueles que querem saber mais sobre o caminho Budista com Paulo Borges. Esta combinação de ensinamentos e prática pode também ser do interesse para pessoas já na via Budista.

Programa

Dia 10 – 6ª feira
17.00 – 19.00 - Chegada e acomodação
19.30 – 20.30 – Jantar
21.00 – 22.00 – Introdução ao sentido e objectivos do retiro: as quatro nobres verdades e o Buda em nós

Dia 11 – Sábado

07.30 – 09.00 - Introdução à meditação budista
09.00 – 10.00 – Pequeno-almoço
10.00 – 13.00 (com um intervalo) - Shamatha – atenção plena às sensações físicas, à respiração, ao fluxo das emoções e dos pensamentos e aos fenómenos externos.
13.30 – 14.30 – Almoço
15.00 – 19.00 (com um intervalo) – Revisão de shamatha. Introdução a vipassana –
Compreensão da natureza profunda dos fenómenos internos e externos.
19.30 – 20.30 – Jantar
21.00 – 22.00 – Sessão de meditação

Dia 12 – Domingo

07.30 – 09.00 – Sessão de meditação shamatha-vipassana
09.00 – 10.00 – Pequeno-almoço
10.00 – 13.00 (com um intervalo) – As quatro meditações ilimitadas: amor, compaixão, alegria e imparcialidade. Como integrar as experiências agradáveis e desagradáveis na via do Despertar. Troca/Tonglen: transformação das emoções pelo bem de todos os seres.
13.30 – 14.30 – Almoço
15.00 – 17.00 – Introdução à meditação com visualizações e mantras. Descobrir-se Buda.
17.00 Regresso da Quinta das Águias

Paulo Borges

O retiro será facilitado por Paulo Borges, praticante budista desde 1983 e orientador, desde 1999, de seminários e cursos mensais teórico-práticos sobre budismo e meditação budista. Tradutor de livros budistas e tradutor-intérprete de mestres budistas incluido S.S. Dalai Lama. Autor, entre outros, de O Budismo e a Natureza da Mente (com Matthieu Ricard e Carlos João Correia) e O Buda e o Budismo no Ocidente e na Cultura Portuguesa (com Duarte Braga). Professor de Filosofia na Universidade de Lisboa e Presidente da União Budista Portuguesa.

Quinta das Águias

Um local de retiros tranquilo no meio da natureza situado na área rural de Paredes de Coura no Norte de Portugal com partes de bosque, campos e jardim. Esta antiga quinta de cerca de 6ha compreende casa de pedra antiga restaurada que funciona como guesthouse e uma sala de práticas.

Opções de alojamento:
- Na guesthouse com a capacidade de alojamento para 16 pessoas em quartos para 2, 4 e 6 pessoas.
- Acampamento no parque com utilização das instalações da guesthouse
- Contactos de outras possibilidades fora da Quinta são disponibilizados a pedido.

Depois da inscrição os participantes receberão um e-mail com descrição do caminho sobre a forma de chegar à Quinta das Águias.

Pede-se aos convidados durante a sua estadia para:
- Não trazerem produtos animais para consumo. Todas as refeições são vegetarianas.
- Não fumarem nem trazerem ou usarem ouros produtos intoxicantes dentro da Quinta.
- Respeitarem as normas da Quinta que receberão após a inscrição.

Custos e Inscrições:
- Custo do retiro (incluindo alojamento na guesthouse e refeições): € 140
- Pessoas que acampam (incluindo a utilização das instalações da guesthouse e refeições): € 120
- Pessoas que alojam no exterior (excluindo alojamento, incluindo refeições): €115

Para inscrições e pagamento contactar: quintadasaguias@gmail.com

Por razões de organização aplica-se o seguinte:
- Para participar é necessário inscrever-se previamente
- As reservas tornam-se efectivas apenas após pagamento.
- Não haverá reembolso das quantias pagas.

Apreciamos a vossa compreensão

Uma parte das verbas será doada à Associação Animais de Rua, com a motivação de contribuir para o bem de todos os seres sencientes.

Para mais informação:

Blog: www.quintadasaguias.blogspot.com
e-mail to quintadasaguias@gmail.com
Tel: Ivone Ingen Housz (+351)91 430 44 13

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Descobrir o Buda em nós - 4/5 de Setembro

Retiro de Introdução ao Budismo e à Meditação Budista
Casa Grande – Paços da Serra (4-5 de Setembro)

Programa:
Dia 3: Acolhimento

Dia 4 :

9.00-13.00 (com intervalos) – Introdução ao budismo e à meditação budista: as quatro nobres verdades.
Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Shamatha – estabilização da mente na atenção às sensações físicas, à respiração e ao fluxo das emoções e dos pensamentos.
15.00-19.00 (com intervalos) – Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Vipassana – Compreensão da natureza profunda dos fenómenos internos e externos. Alguns exercícios de Yoga.

Dia 5:

9.00-13.00 – Revisão do dia anterior. Troca/Tonglen – Transformação das emoções e abertura do coração a todos os seres. As quatro meditações ilimitadas: amor, compaixão, alegria e imparcialidade.
15.00-18.00 – Recapitulação de todo o retiro. Introdução à meditação com visualizações e mantras.

O retiro será facilitado por Paulo Borges, Professor de Filosofia na Universidade de Lisboa e Presidente da União Budista Portuguesa.
Terá lugar na "Casa Grande", Turismo de Habitação em Paços da Serra.

Preço por pessoa refeições incluídas Em tenda ou dormitório Quarto
(Ocupação 1 Pax) Quarto
(Ocupação 2 Pax )
1 Dia + 1 Noite 80€ 95€ 90€
2 Dias + 2 Noites 130€ 160€ 150€

- É necessário reservar previamente por telefone ou e-mail até 26 de Agosto;
- É importante trazer almofada e tapete de meditação;
- O evento só se realizará com um mínimo de 10 participantes.

Para reservas contactar:
Margarida Vasconcelos
Tlm: 934297935
Tel: 238496341
info@casagrande.com.pt
www.casagrande.com.pt

Para mais informações sobre o retiro :
Paulo Borges
pauloaeborges@gmail.com

domingo, 25 de julho de 2010

"A união da quietude e do movimento" - Uma profunda instrução meditativa

"Quaisquer tipos de pensamentos que surjam, sem os suprimir, reconheçam de onde emergem e onde se dissolvem; e permaneçam focados enquanto observam a sua natureza. Fazendo isto, por fim o movimento dos pensamentos cessa e há quietude... De cada vez que observarem a natureza de quaisquer pensamentos que surjam, eles des...vanecer-se-ão por si mesmos e a seguir uma vacuidade aparece. Do mesmo modo, se também examinarem a mente quando ela permanece sem movimento, verão uma vacuidade não obscurecida, clara e vívida, sem qualquer diferença entre o primeiro e o último estado. Isso é bem conhecido entre os praticantes de meditação e chama-se "a união da quietude e do movimento"

- Panchen Lozang Chökyi Gyaltsen (1570-1662, Tibete).

Khyentse Yangsi Rinpoche em Lisboa - 27-29 de Julho

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Descobrir o Buda em nós - Retiro de introdução ao budismo e à meditação budista - 21-22 de Agosto



Descobrir o Buda em nós
Retiro de introdução ao budismo e à meditação budista
Casa Grande - Paços da Serra
21-22 Agosto

Todos possuímos um infinito potencial de liberdade, sabedoria e bondade, a que a tradição budista chama natureza de Buda. Esse potencial está encoberto pelos nossos conceitos, emoções negativas e padrões inconscientes de comportamento, que nos mantêm constantemente agitados e preocupados, mas pode ser descoberto mediante o acalmar da mente e a abertura do coração. É esse o objectivo deste retiro, que nos oferece um espaço de encontro connosco próprios e possibilita a experiência directa do que realmente somos, para além de qualquer pressuposto moral, filosófico ou religioso.

Como tudo é interdependente e a mente interage com o corpo e o espaço exterior, este retiro beneficia de se realizar em pleno coração de Portugal, junto à Serra da Estrela, onde a nossa simples presença é um factor de regeneração energética e onde poderemos fazer exercícios em plena natureza.

Programa:

Dia 21

9.00-13.00 (com intervalos) – Introdução ao budismo e à meditação budista: as quatro nobres verdades.
Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Shamatha – estabilização da mente na atenção às sensações físicas, à respiração e ao fluxo das emoções e dos pensamentos.
15.00-19.00 (com intervalos) – Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Vipassana – Compreensão da natureza profunda dos fenómenos internos e externos. Alguns exercícios de Yoga.

Dia 22

9.00-13.00 – Revisão do dia anterior. Troca/Tonglen – Transformação das emoções e abertura do coração a todos os seres. As quatro meditações ilimitadas: amor, compaixão, alegria e imparcialidade.
15.00-18.00 – Recapitulação de todo o retiro. Introdução à meditação com visualizações e mantras.

O retiro será facilitado por Paulo Borges, praticante desde 1983 e orientador, desde 1999, de seminários e cursos mensais teórico-práticos sobre budismo e meditação budista. Tradutor de livros budistas e tradutor-intérprete de mestres budistas. Autor, entre outros, de O Budismo e a Natureza da Mente (com Matthieu Ricard e Carlos João Correia) e O Buda e o Budismo no Ocidente e na Cultura Portuguesa (com Duarte Braga). Professor de Filosofia na Universidade de Lisboa e Presidente da União Budista Portuguesa.

Terá lugar na "Casa Grande", Turismo de Habitação, em Paços da Serra.

Preço por pessoa

Só meio dia Manhã e tarde Manhã, tarde e almoço

Dia 21 25€ 40€ 50€
Dia 21 e 22 50€ 70€ 80€

- É necessário reservar previamente por telefone ou e-mail até 12 de Agosto;
- É necessário trazer almofada e tapete de meditação;
- O evento só se realizará com um mínimo de 10 participantes.

Para reservas contactar:
Margarida Vasconcelos
Tlm: 934297935
Tel: 238496341
info@casagrande.com.pt
www.casagrande.com.pt

Para mais informações sobre o retiro :
Paulo Borges
pauloaeborges@gmail.com

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um mundo diferente é possível?

Caros amigos,


A conferência "Um mundo diferente é possível?" que a Prof.ª Manuela Silva, a convite conjunto da Sangha Rimay Lusófona e da Associação Abril, ia proferir, foi reagendada para o dia 15 de Julho (quinta-feira) às 19h00 na sede da Associação Abril - Rua de São Pedro de Alcântara, n.º 63, 1ºDt ( junto da Igreja da Misericórdia e em frente ao jardim de São Pedro de Alcântara - metro Chiado, elevador da Glória, bus 58).


O tema relaciona-se com o contexto da actual crise económico-financeira que abala o mundo ocidental e. em particular, Portugal.


Esperamos que vos agrade a nossa proposta e que tragam outros amigos.
Um abraço de amizade.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Adiada a conferência "Um mundo diferente é possível?"

Na passada sexta-feira anunciámos a conferência organizada em conjunto pela Associação Abril e pela Sangha Rimay Lusófona, "Um mundo diferente é possível?"
Porém, por motivos alheios às duas entidades e à conferencista convidada, a professora Manuela Silva, a conferência, agendada para hoje (dia 29 de Junho) às 19h00 foi adiada.
As razões que nos levaram a tomar esta decisão, prendem-se com o facto de à mesma hora haver, junto à sede da Abril, um encontro de adeptos do futebol que se adivinha festivaleiro e ruidoso.
Pelo facto pedimos as nossas desculpas. Assim que tivermos nova data para daremos notícias. Até lá divirtam-se também com a festa do futebol.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

No plano de actividades da Abril salientámos o propósito de desenvolver o lema "a cultura do desassossego", abordando questões da actualidade e da cidadania, o que temos realizado durante este ano.


Desta vez queremos abordar o tema "Um mundo diferente é possível?", enorme desafio no contexto actual da presente crise económico-financeira que abala o mundo ocidental e em particular Portugal.

Assim, em colaboração com a Sangha Rimay Lusófona convidámos a professora Manuela Silva, grande especialista nesta matéria, para um debate sobre o momento que se vive em Portugal e no mundo e sobre o papel dos cidadãos numa possível e necessária mudança de modelo político, económico e social.


O encontro realiza-se no dia 29 de Junho, terça feira , às 19.00h na sede da Associação Abril, Rua de São Pedro de Alcântara, n.º 63, 1ºDt ( junto da Igreja da Misericórdia e em frente ao jardim de São Pedro de Alcântara - metro Chiado, elevador da Glória, bus 58).

Esperamos que vos agrade a nossa proposta e que tragam outros amigos.

Um abraço de amizade.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Perante recentes acontecimentos, publico a seguinte declaração, que consta no site da UBP

Tendo tido conhecimento de várias actividades promovidas pelo Dr. Carlos Amaral - que se tem apresentado com o título de Venerável Lama Khetsung Gyaltsen e como representante de Sua Santidade o Dalai Lama - , em nome da tradição budista, e que têm sido objecto de polémica e dúvidas, a União Budista Portuguesa declara publicamente que o referido senhor, havendo solicitado há cerca de 5 anos a inscrição de uma associação por si dirigida na União Budista Portuguesa, e tendo-lhe sido solicitada a apresentação do seu historial e credenciais, que permitissem o reconhecimento da sua legitimidade, nunca o fez. Por este motivo a União Budista Portuguesa não pode garantir a fiabilidade da orientação budista das actividades do Sr. Carlos Amaral e declina qualquer responsabilidade pelas mesmas.

7.5.2008

O Presidente da Direcção

Paulo Borges

Curso de Educação Parental - Educar para o Bem-Estar

No mundo moderno os estímulos constantes dificultam o papel dos educadores. Com este curso procuramos ajudar os pais a lidar com as dificuldades do dia a dia e a construir relações de qualidade com os filhos. Utilizamos conhecimentos de psicologia, pedagogia, técnicas de meditação e relaxamento, unindo assim saberes ocidentais e orientais, em prol de um mundo harmonioso e equilibrado, assente no bem-estar comum.
Programa:
1) Identificação e liberdade
2) Ansiedade e transformação
3) Os limites e o respeito
4) O tempo e a qualidade da relação
5) Alegria e Felicidade

Inscrições: sede@uniaobudista.pt / 213634363 (das 18 às 20h) - Av. 5 de Outubro, 122, 8º Esq., Lisboa; www.uniaobudista.pt
Datas:de 3 a 31 de Julho, aos Sábados, das 15-18h (5 sessões – 15horas)

Uma real indisponibilidade económica não é impeditiva, contacte-nos.

Formadores: Vasco Inglez - Psicopedagogo, Psicoterapeuta, Grupannalista
Aldora Amaral – Praticante e monitora de Meditação Budista com Formação em “ Taças Tibetanas" e em Acção Social.

sábado, 29 de maio de 2010

O Fim do Sofrimento

de Thich Nhat Hanh


Que o som deste sino penetre profundamente no cosmos.

Que mesmo nos lugares mais escuros os seres vivos o possam ouvir claramente

Por forma a que todo o seu sofrimento cesse, que a compreensão venha aos seus corações

E que eles transcendam o caminho da dor e da morte.



A porta universal do dharma está já aberta

O som da maré, subindo, ouve-se claramente

O milagre acontece.

Uma bela criança aparece no coração da flor de lotus.

Uma única gota desta água compassiva é suficiente para trazer de volta a primavera refrescante às nossas montanhas e rios.



Ao ouvir o sino eu sinto que as aflições, dentro de mim, começam a dissolver-se.

A minha mente calma, o meu corpo relaxado

Um sorriso nasce nos meus lábios.

Seguindo o som do sino, a minha respiração traz-me de volta à segura ilha da atenção plena.

No jardim do meu coração, as flores da paz florescem maravilhosamente.

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Pode ouvir-se o texto, na voz do próprio Thich Nhat Hanh, no video abaixo:

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Matthieu Ricard em Lisboa - dia 26 - 21 h - A não perder!



Reservas/ Informações: 707 234 234
Locais de venda: Bilheteira da sala, Fnac, Ag. ABREU, Worten,
C. C. Dolce Vita, Megarede, El Corte Inglês(Lisboa e Gaia)
www.ticketline.sapo.pt

Preços de 15€ (Plateia) e 10€ (Estudantes)

Matthieu Ricard é um monge budista francês, fotógrafo e autor. Vive e trabalha no mosteiro Shechen Tennyi Dargyeling no Nepal, Himalaias, há quarenta anos.
Nascido em França em 1946, filho do conhecido filósofo francês Jean-François Revel, cresceu no seio das ideias e personalidades dos círculos intelectuais franceses. Viajou para a Índia em 1967.

Doutorado em genética molecular no Instituto Pasteur de Paris em 1972, decidiu abandonar a sua carreira científica e concentrar-se na prática do budismo tibetano. Estudou com Kangyur Rinpoche e alguns outros grandes mestres dessa tradição e tornou-se estudante próximo e auxiliar de Dilgo Khyentse Rinpoche, até ao seu falecimento em 1991. Desde então, tem dedicado a sua actividade à realização da visão de Dilgo Khyentse Rinpoche.

As fotografias de Matthieu Ricard de mestres espirituais, das paisagens e das pessoas dos Himalaias têm aparecido em inúmeros livros e revistas. Henri Cartier-Bresson disse do seu trabalho, ”a vida espiritual de Matthieu e a sua câmara são um só, donde brotam estas imagens, fugazes e eternas“.

Ele é o autor e fotógrafo de “Tibet, An Inner Journey” e “Monk Dancers of Tibet” e, em colaboração, os fotolivros “Buddhist Himalayas”, “Journey to Enlightenment” e recentemente “Motionless Journey: From a Hermitage in the Himalayas”. Matthieu Ricard é o tradutor de diversos textos budistas, incluindo “The Life of Shabkar”.

O diálogo com seu pai, Jean-François Revel, em “O Monge e o Filósofo”, foi um best-seller na Europa e foi traduzido para 21 idiomas, e “The Quantum and the Lotus” (em co-autoria com Trinh Xuan Thuan) reflectem o seu interesse de longa data pela Ciência e o Budismo.

No seu livro de 2003 “Plaidoyer pour le Bonheur” (publicado em Inglês em 2006, como “Happiness: A Guide to Developing Life’s Most Important Skill”) explora o significado e plenitude da felicidade e foi um grande best-seller em França.

Matthieu Ricard foi apelidado de “a pessoa mais feliz do mundo” pelos media depois de ser voluntário para um estudo realizado na Universidade de Wisconsin-Madison sobre a felicidade, posicionando-se significativamente acima da média obtida após os testes de centenas de outros voluntários.

Membro do conselho do “Mind and Life Institute”, que é dedicado a encontros e pesquisa em colaboração entre cientistas e estudiosos budistas e praticantes de meditação, as suas contribuições foram publicadas em “Destructive Emotions” (editado por Daniel Goleman) e noutros livros de ensaios. Matthieu Ricard está também profundamente envolvido na investigação sobre o efeito do treino da mente sobre o cérebro, nas Universidades de Wisconsin-Madison, Princeton e Berkeley.

Matthieu Ricard foi condecorado com título de Cavaleiro da “Ordre National du Mérite” pelo presidente francês François Mitterrand pelos seus projectos humanitários e pelos seus esforços para preservar o património cultural dos Himalaias.

Nos últimos anos tem dedicado os seus esforços e doa todos os proventos do seu trabalho em favor de trinta projectos humanitários na Ásia, que incluem a manutenção e construção de clínicas, escolas e orfanatos na região: www.karuna-shechen.org
Desde 1989, actua como intérprete de Francês para S. S. o Dalai Lama.

domingo, 2 de maio de 2010

Amor e Compaixão

"Há alguma boas razões para os budistas usarem os termos "bondade" e "compaixão" em vez de um mais simples como "amor".
Amor, como palavra, está tão estritamente ligado ás respostas mentais, emocionais, e físicas associadas ao desejo que existe algum perigo em vincularmos este aspecto de abrir a mente ao reforço da ilusão essencialmente dualista de eu e o outro:"Eu gosto de ti" ou "Eu gosto daquilo." Há um sentido de dependência do objecto amado, e em ênfase no beneficio de amar e ser amado. É claro que há exemplos de amor, tais como as ligações entre um pai e um filho, que transcendem o beneficio pessoal para incluir desejo de beneficiar outrem. A maior parte dos pais concordaria provavelmente que o amor que sentem pelos seus filhos implica mais sacrificio do que gratidão pessoal.
No entanto, em termos globais, os termos "bondade" e "compaixão" funcionam como"sinais de paragem" linguisticos. Fazem-nos parar e pensar na nossa relação com os outros."
Yongey Mingyur Rinpoche
Para o bem de todos os seres