Um dia,
um velho camponês tibetano dirige-se à cidade para vender a sua colheita.
Contente, porque fez bons negócios, ele passeia-se pelo mercado
pousando os olhos aqui e acolá.
Mas, então, que estranho objecto brilhante é este, que ele nunca viu...
É um espelho, mas ele não o sabe!
Ele coloca o espelho à sua frente e o que vê? O seu pai !
Comovido por já não estar só, ele compra o objecto brilhante e regressa a casa.
Num baú do seu quarto ele deposita o espelho,
para ver o rosto do seu pai quando a melancolia o invade.
Naturalmente, a sua mulher surpreende-o a abrir e fechar o baú, com os olhos brilhantes,
e muito intrigada, num dia em que ele está nos campos,
ela dirige-se ao quarto, abre o baú, inclina-se e o que vê?
... uma mulher cuja juventude já passou,
os olhos grande abertos de espanto, a boca aberta num grito!
Verde de ciúmes, ela mortifica o marido que, o infeliz,
invoca o seu pai quando ela lhe exige explicações quanto a esta desconhecida!
Uma monja passa por lá, ouve-os discutir e desejando ajudá-los
inclina-se, por sua vez, sobre o baú,
antes de o fechar e de dizer, muito serenamente:
“Não há, aqui, motivo nenhum para discutirem... é uma monja!”
Kalou Rinpoché
(Imagem: espelho tibetano, séc.XVII
um velho camponês tibetano dirige-se à cidade para vender a sua colheita.
Contente, porque fez bons negócios, ele passeia-se pelo mercado
pousando os olhos aqui e acolá.
Mas, então, que estranho objecto brilhante é este, que ele nunca viu...
É um espelho, mas ele não o sabe!
Ele coloca o espelho à sua frente e o que vê? O seu pai !
Comovido por já não estar só, ele compra o objecto brilhante e regressa a casa.
Num baú do seu quarto ele deposita o espelho,
para ver o rosto do seu pai quando a melancolia o invade.
Naturalmente, a sua mulher surpreende-o a abrir e fechar o baú, com os olhos brilhantes,
e muito intrigada, num dia em que ele está nos campos,
ela dirige-se ao quarto, abre o baú, inclina-se e o que vê?
... uma mulher cuja juventude já passou,
os olhos grande abertos de espanto, a boca aberta num grito!
Verde de ciúmes, ela mortifica o marido que, o infeliz,
invoca o seu pai quando ela lhe exige explicações quanto a esta desconhecida!
Uma monja passa por lá, ouve-os discutir e desejando ajudá-los
inclina-se, por sua vez, sobre o baú,
antes de o fechar e de dizer, muito serenamente:
“Não há, aqui, motivo nenhum para discutirem... é uma monja!”
Kalou Rinpoché
(Imagem: espelho tibetano, séc.XVII
Tradução do original francês in http://www.buddhachannel.tv/portail/spip.php?article9640 )
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